| 
View
 

Reserva Indígena Queimadas - PR

Page history last edited by rosangelamenta 14 years, 9 months ago

Almanaque Virtual dos Indígenas - Turma 2º ano A e B/2010

 

Sugestão de leitura:

 

 

Kit indígena do PROVOPAR

 

Folder: Clique aqui para visualizar. (Para gravar este arquivo em seu computador, no link "Clique aqui", clique com o botão direito do mouse e selecione a opção "Salvar destino como...")

Pasta: Clique aqui para visualizar. (Para gravar este arquivo em seu computador, no link "Clique aqui", clique com o botão direito do mouse e selecione a opção "Salvar destino como...")

Livro: Clique aqui para visualizar. (Para gravar este arquivo em seu computador, no link "Clique aqui", clique com o botão direito do mouse e selecione a opção "Salvar destino como...")

Atenção: Para visualizar o Folder, a Pasta e o Livro do Kit Indígena é preciso ter instalado em sua máquina o Acrobat Reader. Caso não tenha clique aqui para baixar o programa.

Músicas: Para escutar ou gravar em seu computador as músicas do CD "Canticos Eternos Guarani - Mbora'i Marae'y Guarani", clique aqui.

Vídeo: Para assistir o vídeo "VIDA INDÍGENA NO PARANÁ - Memória, Presença, Horizontes", clique aqui.

 

Vamos conhecer um pouco da cultura e do processo educacional do povo Kaigangue de Ortigueira/PR

 

 

 

Posto Indígena Queimadas, P.I. Cel.Telêmaco Borba, Toldo Barreiros

Localização: nascentes do R. Barra Grande (afluente do Tibagi). Município de Ortigueira, PR.

Delimitação original : Decreto n. 591, de 17.08.1915 (Governo do PR).

Redução : Acordo celebrado entre o Governo do Paraná (Moysés Lupion) e o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), em 12.05.1949 (publicado no D.O.U. de 18.05.1949).

Redemarcação : 1953, pela Fundação Paranaense de Colonização e Imigração (FPCI), reduzindo para 3.026,78 hectares . Nova demarcação na década de 1990, homologada em 05/1996.

Título : Escritura Pública de Doação (aos índios) lavrada em 17.10.1953. Registro no C.Reg. Imóveis de Ortigueira em 06/96 e no SPU em 07/1998.

Área original : aprox. 26.000 hectares.

Área atual : 3.077,76 hectares.

 

POPULAÇÃO EM 3 MOMENTOS

1945 : 52 kaingang (fonte: SPI)

1975 : 185 kaingang (fonte: GT FUNAI, INCRA, Governo PR)

2005 : 500 pessoas (fonte: www.portalkaingang.org )

FONTE: Portal Kaigang: http://www.portalkaingang.org/index_queimadas.htm acessado em 03/10/2009.

 

FONTE: http://portal.rpc.com.br/midia/tn_620_600_indios.jpg acessado em 10/10/2009.

 

Leia a reportagem completa em:

Paraná online. Caingangues de Ortigueira buscam independência. disponível em http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/136672/?noticia=CAINGANGUES+DE+ORTIGUEIRA+BUSCAM+INDEPENDENCIA acessado em 03/10/2009.

 

Povo kaingag:

http://www.portalkaingang.org/index_povo_1.htm acessado em 03/10/2009.

 

ESCOLA ENTRE OS KAINGANG

 

Wilmar da Rocha D´Angelis - Lingüista

 

A partir de meados do século XIX criaram-se Diretorias de Índios, nas Províncias, ocupadas em 'controlar' e tratar das questões com comunidades indígenas. No Paraná, com a contratação de missionários capuchinhos italianos, experimentaram-se as primeiras escolas de "Primeiras Letras" com presença de alunos índio .

 

A introdução de escolas em aldeias Kaingang começou, no entanto, a generalizar-se após a instalação do SPI, mas ainda assim, bastante lentamente. No Rio Grande do Sul, por exemplo, em 1910 o SPI assume a responsabilidade de uma área indígena (Ligeiro), onde instala uma escola na década seguinte, enquanto o governo estadual organiza um serviço, inicialmente também de inspiração positivista, que nos anos 20 inaugura escolas em algumas outras áreas. Muitas comunidades Kaingang, no entanto, só vieram a conhecer as primeiras escolas na década de 40 ou 50, e algumas apenas depois disso.

 

Ao longo do século XX, especialmente nos períodos de expansão da atividade agrícola e madeireira (particularmente nos períodos pós-guerra), as áreas indígenas foram alvo de pressões, invasões, esbulhos oficiais e dilapidação (também oficial) do patrimônio florestal. Essa história de esbulho é acompanhada pela ocupação, também, de toda a cercania das terras indígenas por imigrantes e descendentes de imigrantes, pequenos proprietários e fazendeiros. A presença cada vez mais maciça de brancos nas proximidades de suas terras e - a partir das invasões e de arrendamentos promovidos pelo SPI - dentro das próprias áreas foi fator importante de compulsão contra a permanência de tradições e práticas culturais indígenas, incluída a língua, além de casamentos interétnicos (o casamento com mulher índia, para os caboclos alijados de suas terras pelo empreendimento colonizador europeu, era garantia de acesso a esse bem de produção: a terra).

 

Vale anotar que os anos 60 e 70 viram generalizar-se, nas comunidades indígenas do Sul a adoção do rádio a pilha e, já no final dos anos 80, começaram a introduzir-se os aparelhos de televisão, que se ampliaram na mesma proporção da ampliação das redes elétricas (muitas das quais, aliás, instaladas como pagamento aos índios por trânsito de redes de alta ou baixa tensão em terra indígena).

 

No final dos anos 50 o Summer (SIL) instala uma missão em Rio das Cobras. Nos anos 70, em convênio com a Funai e a IECLB, inaugura uma escola para 'monitores bilíngües' em Guarita (RS), levando jovens dos três estados do Sul. O convênio funcionou até 1980 ou 81, e foi denunciado pela IECLB. O SIL seguiu formando monitores/pastores (do Cristianismo Decidido) no Paraná até os anos 90. É no Paraná, aliás, que o SIL ainda possui um ponto de penetração importante na educação escolar indígena junto aos Kaingang. O modelo de ensino bilíngüe chamado de "transição" ou "substituição", implantado pelo Summer, produziu efeitos igualmente nocivos à manutenção da língua Kaingang. Na própria língua, inclusive, tudo o que o Summer produziu foi (além de uma ortografia problemática), péssimas cartilhas, um vocabulário (inútil para os índios, útil apenas para brancos) e o Novo Testamento.

 

No início dos anos 70 podia-se falar de casos muito esporádicos de índios que, sendo alfabetizados, atuaram como professores em suas comunidades. No geral, os professores eram brancos, funcionários do SPI. Com a escola de Guarita (Summer/Funai), formaram-se três turmas de "monitores" (que tinham formação equivalente ao primeiro grau), que totalizaram pouco mais de 50 professores.

 

Na segunda metade da década de 90, um programa foi desenvolvido em parceria entre a Unijuí (Universidade de Ijuí, RS), Funai e igrejas para dar formação equivalente ao magistério de segundo grau, formou uma primeira turma com quase 30 professores.

 

A partir de 2001, com participação da Funai, Unijuí e UPF (Universidade de Passo Fundo), colocou-se em andamento o Projeto Vãfy, de formação de professores Kaingang do Rio Grande do Sul em Magistério de 2 º grau. O curso encerra-se em 2005, formando mais de 80 novos professores (a maioria, profissionais já em atividade). Em Santa Catarina o Governo do Estado promoveu semelhante programa de formação para professores Kaingang e Xokleng (Laklãnõ) no mesmo período. O Paraná, entre os estados do Sul, é o único a não realizar formação sistemática de professores indígenas por ação oficial. No Estado de São Paulo, um curso (de qualidade duvidosa) realizado sob auspícios da Secretaria de Educação igualmente concedeu título de 2 º grau para professores indígenas de diversas etnias.

 

 

 No portal do povo Kaingang você terá acesso a todas as informações do menu ao lado.

Terras Indígenas

Aldeias

Tribos

População

Municípios

Área
(Ha)

Queimadas

Sede, Aldeia do Campo

Kaingang

355

Ortigueira

3.081,00

 

 

Comments (0)

You don't have permission to comment on this page.