| 
  • If you are citizen of an European Union member nation, you may not use this service unless you are at least 16 years old.

  • You already know Dokkio is an AI-powered assistant to organize & manage your digital files & messages. Very soon, Dokkio will support Outlook as well as One Drive. Check it out today!

View
 

Estagio

Page history last edited by kaplan43 13 years, 11 months ago

Artigos (links) Avaliação Estágio Gestão Escolar

 

 

A prática de ensino no Curso Normal

 

 

            Rosângela Menta Mello

 

 

 

           O curso de formação de docentes, na modalidade normal prevê a prática de ensino, como estágio supervisionado em instituições que ofertam a Educação Infantil e as Séries Iniciais do Ensino Fundamental. A atividade de estágio supervisionado está prevista em todas as séries do curso.

            No Estado do Paraná o Curso de Formação de Docentes foi implantado em 2004, após a extinção do antigo Curso de Magistério, sob a égide da LDB 9394/96. Com uma proposta inovadora, o curso de formação de docentes sempre privilegiou a prática de ensino, perfazendo a carga horária total de 800 horas, assim distribuídas: Curso Normal Integrado: 4 anos, 200h por série; Curso Normal com aproveitamento de Estudos: 4 semestres, 200h por semestre; ainda o Curso Normal com Aproveitamento de Estudos em 3 anos, com carga horária total de 840 horas, distribuídas em três séries.

O Estágio Supervisionado é parte indissociável da formação do docente, representando um momento privilegiado do processo ensino-aprendizagem. Constitui-se num importante instrumento de integração entre teoria, prática e formação profissional. As atividades propostas devem estar de acordo com a deliberação 10/99 do CEE e disposições regimentais da instituição. Constitui-se num componente curricular de suma importância para a formação profissional e da cidadania dos estudantes.

Como um procedimento didático-pedagógico, é uma atividade cuja responsabilidade cabe à Instituição de Ensino que oferta o curso, organizando e planejamento atividades, projetos, leituras e discussões, entre outros. Representa uma atividade integrada entre as disciplinas da Base Nacional Comum, de Fundamentos da Educação, Gestão Escolar, Metodologias e a Prática de Formação, integradas em uma matriz curricular de quatro anos.

A proposta está organizada sob categorias de sustentação dos princípios pedagógicos que são o trabalho, a ciência e a cultura. O trabalho nestes termos pode ser entendido como

 

...o eixo do processo educativo porque é através dele que o homem, ao modificar a natureza, também se modifica numa perspectiva que incorpora a própria história da formação humana [...] implica em compreender a natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais em suas tessituras institucionais, as quais desenham o que chamamos de sociedade.[1]

 

É no cotidiano que a escola que se percebe a importância deste princípio educativo. O aprendiz vivencia a prática de ensino, observando, participando e dirigindo atividades no campo de estágio. A metodologia da problematização do ensino, dentro da perspectiva histórico-crítica levanta argumentos a favor da conscientização no valor do trabalho humano, principalmente no que se refere à prática social. As questões sociais, econômicas, culturais e as diversas dimensões da análise de temas trabalhados em sala de aula levam o aprendiz a perceber o seu papel, de seus familiares, de sua comunidade na construção de uma sociedade mais justa, focada no ser humano, questionando o consumismo desenfreado, o aquecimento global, o processo de massificação das informações pelos meios de comunicação.

Cabe ao professor, um papel de mediador neste contexto, instrumentalizar o aprendiz com bases científicas do trabalho humano e o conhecimento escolar passa a ser o núcleo fundamental da práxis pedagógica do professor. A formação do professor pressupõe o domínio dos conteúdos que serão objetos do processo ensino-aprendizagem e, por outro, o domínio das formas através das quais se realiza este processo.[1]

As disciplinas na área de Gestão Escolar, como a de Organização do trabalho pedagógico e as Metodologias de Ensino passam a ter um papel fundamental na prática de ensino, onde o estudante compreenderá a importância do referencial teórico, integrado as demais disciplinas de sua grade curricular, na observação da prática pedagógica do professor do campo de estágio. É imprescindível que sejam organizados instrumentos científicos de coleta de dados, para que o aprendiz inicie a pesquisa científica, adquira o hábito de anotar suas reflexões pedagógicas, para produzir textos, artigos, respaldados no conhecimento acadêmico.

O segundo eixo, a práxis como princípio curricular, tem papel preponderante nesta formação profissional de forma a instrumentalizar os aprendizes a enfrentarem todas as dimensões do trabalho de professor, consciente que o seu modo de produzir o conhecimento está condicionado a sua formação acadêmica.

Percebe-se a importância dos professores terem conhecimento da proposta do Curso de Formação de Docentes, mas na prática pode-se observar no Gráfico 1 o seguinte:

 


[1] Idem

 

 

          

Observe que 66% dos entrevistados, que trabalham no Curso de Formação de Docentes, desconhecem a proposta pedagógica. Pode-se levantar vários fatores para se justificar este problema, desde a organização da estrutura da Escola Pública, que não prevê em seu calendário escolar, datas comuns para planejamentos, reuniões e aprofundamento de conteúdos, até mesmo, a distribuição de aulas no curso, ou seja, é mínimo o número de professores concursados para atuarem no Curso Normal, a grande maioria completa sua carga horária com as disciplinas deste curso.

            O terceiro eixo é o direito da criança ao atendimento escolar, no seu aspecto afetivo, emocional e cognitivo, com tratamento transversal no curso de formação de docente. Desta forma a prática de ensino está articulada com disciplinas que orientam e fundamentam o trabalho com as crianças na Educação Infantil, preparando o aprendiz para atuar nas diversas instituições que ofertam esta modalidade educacional.

            As práticas pedagógicas se constituem o eixo articulador dos saberes disciplinares,  mas em pesquisa com os professores, foi possível observar que estes não estão planejamento interdisciplinarmente suas aulas, o que tem dificultado esta práxis pedagógica. Observe o Gráfico 2:

 

           

Esta pesquisa demonstra a dificuldade do professor em se reunir com seus pares para planejar sua ação docente. Pode-se observar que apenas 11% procuram fazer as relações interdisciplinares. É significativo o índice de 45%, correspondente ao planejamento realizado pelo professor, onde articula as disciplinas que ministra no Curso Normal, trabalhando interdisciplinarmente, mas não foge do conceito de planejar sozinho, que representa 44% dos entrevistados, desta forma, é possível afirmar que 89% dos professores entrevistados planejam sozinhos, mas procuram integrar as disciplinas que ministram no Curso Normal.

            No Gráfico 3, percebe-se o ecletismo pedagógico dos professores da escola entrevistada, onde é nítida a prática de ensino tradicional, com 32% dos entrevistados, e na linha tecnicista encontra-se 16% dos professores, que somados aos 32% citados, temos um índice de 48% com trabalho centrado no papel do professor. Na corrente da Escola Nova, apenas 4% identificaram-se, onde o centro de aprendizagem é o aluno. Seguindo a linha pedagógica do Governo do Estado do Paraná temos 40% dentro da Pedagogia Histórico-Crítica e 8% na corrente Libertadora de Paulo Freire.

            No gráfico a seguir percebe-se o ecletismo pedagógico dos professores da escola entrevistada, onde é nítida a prática de ensino tradicional, com 32% dos entrevistados, e na linha tecnicista encontra-se 16% dos professores, que se somando aos 32% citados, temos um índice de 48% com trabalho centrado no papel do professor. Na corrente da Escola Nova, apenas 4% identificaram-se, onde o centro de aprendizagem é o aluno. Seguindo a linha pedagógica do Governo do Estado do Paraná temos 40% dentro da Pedagogia Histórico-Crítica e 8% na corrente Libertadora de Paulo Freire.

            

Se compararmos estes índices com o processo de avaliação realizado na escola, é possível afirmar que realmente 39% trabalham numa linha pedagógica mais crítica e reflexiva; deixando muitas interpretações os 33% dos professores que não foram claros em sua posição.

             

            Diante desta estatística percebe-se o reflexo nas atividades de prática de ensino, onde o aluno ainda não consegue perceber a importância do referencial teórico trabalhado nas diferentes disciplinas do curso e sua relação com a prática de ensino. O foco da primeira série são os sentidos e significados do trabalho do professor/educador. O estagiário vai a campo para analisar este papel, sua formação acadêmica e a relação com a prática pedagógica deste profissional. Nas atividades de observação, o aprendiz percebe vários tipos comuns de professores atuando na escola pública, onde segundo Içami Tïba[1] os mais evidentes são os seguintes: Um aluno faz na média, Superexigente, Estrupador mental, Carrasco, Tanto faz, Crânio, Vítima, Sedutor/seduzido, Crédulo, Supernatural, Menção honrosa. À medida que analisAM o texto de Içami Tiba, os aprendizes refletem sobre os seus professores e os professores do campo de estágio e vão estabelecendo as relações com as teorias, leis e prática pedagógicas comuns na atualidade. Da mesma forma que são analisados os tipos mais comuns de alunos, também citados por Içami Tiba[2]

 

Esponja: é o aluno que absorve tudo. Anota em detalhes o que o professor fala e estuda sem fazer distinções. Come o que lhe põem à frente, o que não significa que aprendeu tudo.

Peneira: utiliza uma peneira (filtro) para selecionar a parte que irá aproveitar da matéria. Ouve tudo, mas anota só o que lhe interessa. Quer saber apenas o que cai na prova.

Funil: parecido com o “esponja”, represa tudo o que o professor diz para repassar em casa mais devagar, escolhendo o material a ser selecionado para estudar. É como se precisasse deixar para decidir depois, com mais calma.

Salteado: aposta na sorte. Não é o “sorteado”. Como não sabe o que vai cair na prova, arrisca e estuda qualquer coisa, um capítulo, um trecho ou um tema escolhido ao acaso, na página quer abrir primeiro.

Sorteado: este aluno tem fé, acredita que vá cair tal ponto e estuda somente aquele. É como quem joga em determinado bicho porque sonhou com ele. Tem sempre um palpite. Quanto mais conhecer o professor ou a matéria, mais chance terá de ser “sorteado”.

Última horista: um tipo tradicional que só estuda na véspera da prova e faz trabalho escolar na fila de entrega. A maioria da sociedade brasileira é  “última-horista”.

Ausente de corpo presente: é o estudante que aproveita a aula para organizar a agenda, fazer tarefas de outras disciplinas, desenhar, jogar batalha naval com códigos substituindo a fala, para não incomodar o professor. Prestar atenção na aula, nunca, ainda que olhe eventualmente para o professor.

Sintonia fina: altamente desmotivado e desconcentrado, tem o radar ligado em sintonia fina para captar qualquer outro tema que não seja a aula.

Autodidata: não presta atenção na aula, falta muito, não se mata de estudar nem se esforça para realizar os trabalhos escolares. Na véspera da prova, pega o livro e se prepara sozinho. É o aluno autodidata, capaz de aprender por conta própria, "apesar do professor".

Chupim: é como o passarinho preto que bota seus ovos para o tico-tico chocar e criar. Não presta atenção nas aulas, não anota nada, nem livros tem, e na hora da prova cola de quem sabe. Sem interesse em aprender, entra nos grupos de trabalho escolar só para assinar o nome.

Abelha: é o aluno que trabalha faça chuva, faça sol. Sempre tem o seu mel. Se descuidar, os “ursinhos” vão roubar seu trabalho.

 

            Mas como o próprio Içami Tiba diz, não existe um tipo único, como os citados acima, nossos aprendizes têm um pouco de vários tipos, sendo possível observá-los quando fazem seus relatórios da prática de ensino, alguns com muita dificuldades na produção do texto, outros apenas relatam uma seqüência de acontecimentos do campo de estágio, há aqueles que elogiam tudo, tem os detalhistas, que não perdem nada na descrição, mas são raros os que observam a ação docente do professor, fazem a relação com as teorias aprendidas. Com o passar dos meses, sob a orientação do supervisor de Prática de Ensino, eles vão percebendo mais o lado pedagógico, compreendendo as dificuldades que a prática nos traz.

            A segunda série acompanha as modalidades de educação, sob o foco da Pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação. Os aprendizes passam a conhecer a educação especial, de jovens e adultos, do campo, a indígena e todas as demais disponíveis na comunidade. Neste momento o estagiário vai definindo a área em que deseja se especializar.

            A produção de pesquisas e materiais didáticos ocorrem mais intensamente na terceira série, quando os aprendizes tem contato com as metodologias de ensino. Realizam atividades de observação e participação na sala de aula de Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Iniciam a produção de textos e artigos, mas é na quarta série que se dá a ação docente do formando da Modalidade Normal, reunindo todos os conhecimentos adquiridos dentro de um proposta da pedagogia histórico-crítica, procura desenvolver atividades em que seus aprendizes construam o conhecimento a partir da realidade social, levantando situações problemas, teorizando através do saber elaborado cientificamente, buscando hipóteses de soluções para serem aplicadas novamente na realidade social.

            A ação pedagógica do estagiário do Curso de Formação de Docentes está embasada nos referenciais teóricos trabalhados nas diferentes áreas do saber, nas suas reflexões realizadas no decorrer do curso, na articulação entre suas vivências estudantis e o desejo de se tornar um bom professor.

            O papel do supervisor de prática de ensino assume uma conotação importantíssima, pois é ele que orienta, discute, aponta caminhos, desafia o aluno a uma prática pedagógica diferente da vivenciada no decorrer de sua vida estudantil. Tem apresentado a teoria histórico-crítica desde os anos 90. Muitos tentaram aplica-la no cotidiano escolar. Pode-se dizer que, na última década, muito se criticou as teorias tradicional e tecnicista na educação brasileira, envolvidos no conceito de cidadania, participação política, igualdade de direitos, respeito às diversidades, mas na prática, as aulas continuavam sem assegurar a transformação da sociedade.

            Atualmente conhecemos a proposta de aula do Professor GASPARIN[3] dentro da perspectiva histórico-crítica, onde este apresenta os seguintes passos:

 

1º passo: PRÁTICA SOCIAL INICIAL

nIniciar as atividades apresentando aos alunos os objetivos, os tópicos e subtópicos da unidade que se pretende estudar, e em seguida, dialogar com os alunos sobre os mesmos,

nOs alunos mostram sua vivência do conteúdo, isto é, o que já sabem sobre o tema a ser trabalhado e perguntam tudo que gostariam de saber sobre o novo assunto em pauta, e tudo será anotado pelo professor.

nA prática social inicial pode ser feita como um todo no início da unidade e retomada, em seus aspectos específicos, a cada aula, conforme o conteúdo a ser trabalhado. Ou, a cada aula, o professor destaca a prática social específica do conteúdo que vai trabalhar naquele dia.

2º passo: PROBLEMATIZAÇÃO

nIdentificar os principais problemas postos pela prática e pelo conteúdo curricular, seguindo-se uma discussão sobre eles, a partir daquilo que os alunos já conhecem;

nExplicar que o conhecimento (conteúdo) vai ser construído (trabalhado) nas dimensões conceitual, científica, social, histórica, econômica, política, estética, religiosa, ideológica, etc., transformadas em questões problematizadoras.

3º passo: INSTRUMENTALIZAÇÃO

nÉ a apresentação sistemático-dialógica do conteúdo científico, contrastando-o com o cotidiano e respondendo às perguntas das diversas dimensões propostas. É o exercício didático da relação sujeito-objeto pela ação do aluno e mediação do professor. É o momento da efetiva construção do novo conhecimento.

4ºpasso: CATARSE

nRepresenta a síntese do aluno, sua nova postura mental; a demonstração do novo grau de conhecimento a que chegou, expresso pela avaliação espontânea ou formal.

5° passo: PRÁTICA SOCIAL FINAL

nÉ a manifestação da nova atitude prática do educando em relação ao conteúdo aprendido, bem como do compromisso em pôr em execução o novo conhecimento. É a fase das intenções e propostas de ações dos alunos.

 

Esta metodologia de aula apresentada por GASPARIN muda complemente a forma de se organizar as ações docentes dos estagiários. Tem-se orientado os alunos para inicialmente participarem na sala de aula, conhecendo os aprendizes, tendo um contato aproximado com as formas de trabalhar do professor da turma. A cada bimestre é solicitado que os alunos do 4º ano trabalhem dois temas, por exemplo, dentro da área de História e Ciências. Fazem as atividades no campo de estágio em duplas;  o professor da turma passa aos estagiários o tema para a ação docente, estes solicitam uns 20 minutos para apresentarem o tema para as crianças, discutindo e anotando o que já sabem sobre o tema, suas curiosidades, seus dúvidas. Quando o tema é muito amplo a própria turma define a linha de pesquisa para a próxima aula onde ocorrerá a ação docente do estagiário. A seguir é planejada a aula nos demais passos sugeridos pelo professor GASPARIN.

No momento da instrumentalização, quando o aprendiz se apropria dos novos conhecimentos, o estagiário deverá se valer de vários recursos, mas na pesquisa com os professores do Curso Normal, nota-se que ainda há uma resistência ao uso de novas tecnologias digitais, predominando uso do quadro de giz, transparências e filmes, tendo grande repercussão na prática pedagógica do estagiário.

 

 

 

Estes procedimentos demonstram a necessidade de rever as formas de trabalhar com os alunos, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio. A pesquisa realizada junto aos professores que atuam no Curso Normal demonstra que a maioria possui entre 12 a 24 anos de serviço como professores (Gráfico 5). Dos 20 entrevistados, apenas 4 professores tinham menos de 12 anos de serviço em sala de aula. Este tempo de serviço, torna-os experientes na sala de aula, ao mesmo tempo, que tiveram acesso a diferentes formas de capacitação docente, pois o Estado do Paraná vem promovendo cursos, grupos de estudos, propostas de ensino a distância e on-line, como os Objetos de Aprendizagem e o Programa Folhas.

 

       

Em relação à metodologia de ensino dos professores que atuam no curso, nota-se que as dinâmicas de grupos, técnicas pedagógicas são bem variadas durante as atividades disciplinares, apesar de 28% utilizar aulas expositivas (Gráfico 6).

 

           A diversidade de metodologias de ensino, nem sempre garante uma aula dentro da proposta da pedagogia histórico-crítica, mas garante a participação do aluno no processo ensino-aprendizagem, como pode ser observado no Gráfico 7 a seguir:

            

Se considerarmos que 32% dos professores se declaram tradicionais, o índice de bom relacionamento entre professor-aluno supera as expectativas. Se somarmos os índices: 4% aberto, 34% bom, 11% dialógico, 4% excelente, temos um índice de 53% entre bom e excelente.

            

O Gráfico 8 a seguir aponta para o diálogo e os questionamentos como formas preponderantes de participação.

            A produção científica ainda é insipiente no Curso Normal, o que demonstra a necessidade de se investir mais neste campo. O futuro professor precisa desta formação para poder atuar melhor na sociedade do conhecimento.

         O aprendiz neste curso tem uma responsabilidade maior que os alunos do Ensino Médio, tanto que os professores destacam esta qualidade no perfil de seus aprendizes. As reclamações de falta de embasamento teórico se arrastam ao longo dos alunos, de forma que se faz necessário uma investigação mais apurada deste fator que levou 15%  dos professores a destacarem, podendo ser aliada a imaturidade, pois iniciam o curso com 13 a 14 anos, muitas vezes incentivados pelos pais. Este fator é minimizado com a duração de quatro anos do curso. O índice de 10% de apáticos é preocupante, pois o curso é profissionalizante, o que remete a uma grande responsabilidade em atuar junto a crianças de 0 a 10 anos. A prática de ensino faz com que o aluno se encontre no curso, no sentido de perceber a importância em ser professor, ser profissional, competente no que faz e responsável pelas suas atitudes.

 

 

            O sonho pedagógico do professor de magistério está muito ligado a recursos tecnológicos e materiais, como podemos observar no gráfico a seguir:

 

            

As salas ambientes é o grande sonho da maioria dos professores, o que está prestes a ser resolvida em partes, com a colocação da TV pen drive em todas as salas de aula das escolas do Estado do Paraná, pois de acordo com a pesquisa, há uma grande incidência de uso de filmes nas aulas. As transparências serão substituídas por apresentações de imagens, textos e animações. Os professores têm laboratórios de informática, com acesso à internet via fibra ótica ou a rádio.

Observe que existe uma preocupação com o compromisso dos alunos e educadores neste processo de formação. Sendo apresentado como sugestão na pesquisa o planejamento coletivo e interdisciplinar/Prática de ensino; palestra com a coordenação do Centro de Educação Infantil; atividades complementares: palestras, exposições, etc.; leituras compartilhadas e reunião para discussão das normas adotadas pela escola.

            Podemos dizer que a prática de ensino dos aprendizes no Curso de Formação de Docentes depende muito dos exemplos que estes têm de seus professores e demais educadores da escola, cabe aos profissionais que atuam neste curso, trabalharem interdisciplinar e colaborativamente com o campo de estágio supervisionado, incorporando uma única linha pedagógica, ou seja, a adotada pela rede de ensino, para todo o esforço seja pela formação de um professor com competência e compromisso com as classes populares, numa sociedade em constante transformações.

 


[1] SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Orientações curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006. (doc)

[2] Idem

[3] TIBA, Içami. Ensinar Aprendendo: como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização. 13 ed. São Paulo: Editora Gente, 1998. p. 59-69; 133-153.

[4] Idem

[5] GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas: Cortez, 2003.

 

 

 

 

sohbet chat cinsel sohbet sex sohbet chat kelebek mirc indir chat chat odası

Comments (0)

You don't have permission to comment on this page.